Ácido Hialurónico

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Enquadramento Histórico

A primeira aplicação médica do Ácido Hialurónico em seres humanos ocorreu durante uma cirurgia ocular no final dos anos 50, e foi produzido farmacologicamente pela primeira vez em 1979. O Ácido Hialurónico está envolvido em muitos processos-chave, incluindo a sinalização celular, a cicatrização e a reparação/regeneração de tecidos. Por estas razões, o Ácido Hialurónico tem sido investigado em áreas diversificadas, tais como: oncologia, oftalmologia, urologia, medicina estética e indústria cosmética.

O que é

O Ácido Hialurónico é um carboidrato, mais especificamente um mucopolissacarídeo, que se forma naturalmente em todos os organismos vivos. Para além de ser responsável pelo preenchimento dos espaços entre as células, é graças a ele que se mantêm vivas as fibras de colagénio que dão sustentação, hidratação e também elasticidade aos tecidos do corpo. É componente de importantes líquidos do corpo, como, por exemplo, o líquido sinovial. Este tem a função de lubrificar as articulações sinoviais, e o humor vítreo, líquido viscoso que atua na manutenção da forma esférica do olho. A maior parte do ácido hialurónico do organismo está situada na pele (cerca de 50%) e à medida que envelhecemos a produção do ácido vai diminuindo gradualmente o que acaba por contribuir para que surjam sinais de envelhecimento da pele.

Como é obtido

É possível ser obtido a partir de animais ou produzir-se artificialmente através de métodos de fermentação, sendo este último o mais utilizado e vantajoso pois é menos susceptível de causar reações alérgicas em pessoas hipersensíveis. O composto sintético é utilizado no tratamento da artrose, doenças do tecido conjuntivo como, por exemplo, distúrbios oculares, deficiências de cicatrização, enrugamento precoce da pele e traumas. Graças às características estruturais da sua molécula, tem uma consistência gelatinosa, comportamento viscoelástico e elevada capacidade de retenção de água.

A sua utilização na Medicina Estética

Na Medicina Estética o objetivo principal da sua utilização é o de rejuvenescimento da pele, sendo sobretudo utilizado com carácter preventivo ou de correção, hidratando e restaurando o volume da pele.

Tratamento

A aplicação é feita de forma injectável, através de uma agulha fina ou cânula e deve ser feita por médicos com formação adequada na área, registados na Ordem dos Médicos e numa Sociedade de Medicina Estética (SPME ou SPMEC).

Indicações

– preenchimento de rugas, sulcos faciais e olheiras
– aumento e equilíbrio de volume dos lábios, maçãs do
rosto (zigomático), queixo, mandíbula, ‘bochechas’
– modelação nasal
– suavização e preenchimento de cicatrizes
– redefinição de contornos da face
– correção de assimetrias

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Benefícios

– o Ácido Hialurónico é biocompatível e, portanto, considerado um material de preenchimento bastante seguro
– suaviza rugas e linhas de expressão com efeito imediato e natural, pois quando aplicado corretamente não altera as características naturais nem as expressões faciais individuais
– aplicação praticamente indolor sendo, na maioria dos casos, apenas necessária a aplicação de anestésico tópico local
– praticamente não causa reação inflamatória (sendo normal e relacionados com a injecção a presença de vermelhidão, hematoma, edema ou dor) sendo habitualmente curto o tempo de recuperação após a aplicação

Duração dos efeitos

Como é uma substância existente no organismo, acaba por ser absorvido, não havendo um resultado definitivo e sendo necessária a sua manutenção. Dura normalmente entre 6 a 18 meses. Esta variação deve-se sobretudo aos hábitos e estilo de vida do paciente, dos locais de aplicação e das características do ácido hialurónico utilizado.

Contraindicações

Não deve ser utilizado em indivíduos com hipersensibilidade conhecida, com doença autoimune em atividade, em mulheres grávidas ou em período de amamentação, nem injectado numa área onde um implante permanente tenha sido colocado, ou próximo de áreas em que haja doença ativa da pele, inflamações ou feridas.

O Ácido Hialurónico em cremes dermatológicos

Caso não haja a necessidade de usá-lo como preenchimento, ou o seu uso seja recomendado como complemento do tratamento em casa, o ácido hialurónico pode ser aplicado a partir de alguns cremes dermatológicos. Importa salientar que o objetivo do creme é diferente das outras aplicações mencionadas, pois ele apenas recruta mais água aos tecidos que se tornam desvitalizados com o envelhecimento, alcançando apenas uma camada mais superficial da pele.

Diferenças entre Ácido Hialurónico reticulado e não reticulado:

Se o ácido é mais ou menos reticulado, depende também a sua densidade e capacidade de gerar volume, bem como a sua durabilidade.
Na versão reticulada, o Ácido Hialurónico é formado por um conjunto de moléculas unidas entre si, criando uma estrutura com um formato de malha. Esta rede tridimensional pode ser manipulada e moldada.
A versão reticulada é habitualmente usada na área de Medicina Estética, em tratamentos de preenchimento e volume, feitos através de injecções ou infiltrações no caso da Medicina Física de Reabilitação ou Ortopedia, como forma de alívio de dores articulares. Normalmente a versão reticulada demora mais tempo até ser absorvida. No entanto os seus efeitos são mais duradouros.

Já na versão não reticulada, as moléculas que compõem o ácido não se encontram unidas entre si, acabando por circular livremente e de forma mais fluida. É essa liberdade molecular que permite que o produto seja aplicado de outras formas, como  no caso de cremes e séruns. Esta versão apresenta um custo mais baixo, mas o efeito é menos visível e duradouro, daí a necessidade de aplicação diária.

A perda do ácido hialurónico natural na pele é considerada a principal causa de desidratação e perda de elasticidade associada ao envelhecimento. Logo, alguns cosméticos denominados anti-idade são formulados com ácido hialurónico com o intuito de evitar o aparecimento de marcas da idade (KOGAN et al., 2007). O envelhecimento cutâneo é um processo natural que conduz a alterações fisiológicas nas funções da pele. A exposição à radiação UV afeta os processos biológicos, acelerando o processo de envelhecimento. A pele envelhecida é, tipicamente, seca e irregular e apresenta rugas e rídulas, bem como elasticidade reduzida, por isso, um dos gestos diários essenciais para manter a pele saudável é o uso de produtos hidratantes.


Estudos têm demonstrado que a aplicação tópica de um hidratante que contenha ácido hialurónico constitui um tratamento eficaz no combate à desidratação cutânea e, por conseguinte, na prevenção do envelhecimento da pele, o que está diretamente relacionado com a sua capacidade de retenção da água (GUILLAUMIE et al., 2006). Além disso, o ácido hialurónico apresenta um efeito antioxidante, aumentando a proteção da pele em relação à radiação UV e contribuindo para aumentar a capacidade de reparação dos tecidos.

O Ácido Hialurónico em cremes dermatológicos

Caso não haja a necessidade de usá-lo como preenchimento, ou o seu uso seja recomendado como complemento do tratamento em casa, o ácido hialurónico pode ser aplicado a partir de alguns cremes dermatológicos. Importa salientar que o objetivo do creme é diferente das outras aplicações mencionadas, pois ele apenas recruta mais água aos tecidos que se tornam desvitalizados com o envelhecimento, alcançando apenas uma camada mais superficial da pele.

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