Se o ácido é mais ou menos reticulado, depende também a sua densidade e capacidade de gerar volume, bem como a sua durabilidade.
Na versão reticulada, o Ácido Hialurónico é formado por um conjunto de moléculas unidas entre si, criando uma estrutura com um formato de malha. Esta rede tridimensional pode ser manipulada e moldada.
A versão reticulada é habitualmente usada na área de Medicina Estética, em tratamentos de preenchimento e volume, feitos através de injecções ou infiltrações no caso da Medicina Física de Reabilitação ou Ortopedia, como forma de alívio de dores articulares. Normalmente a versão reticulada demora mais tempo até ser absorvida. No entanto os seus efeitos são mais duradouros.
Já na versão não reticulada, as moléculas que compõem o ácido não se encontram unidas entre si, acabando por circular livremente e de forma mais fluida. É essa liberdade molecular que permite que o produto seja aplicado de outras formas, como no caso de cremes e séruns. Esta versão apresenta um custo mais baixo, mas o efeito é menos visível e duradouro, daí a necessidade de aplicação diária.
A perda do ácido hialurónico natural na pele é considerada a principal causa de desidratação e perda de elasticidade associada ao envelhecimento. Logo, alguns cosméticos denominados anti-idade são formulados com ácido hialurónico com o intuito de evitar o aparecimento de marcas da idade (KOGAN et al., 2007). O envelhecimento cutâneo é um processo natural que conduz a alterações fisiológicas nas funções da pele. A exposição à radiação UV afeta os processos biológicos, acelerando o processo de envelhecimento. A pele envelhecida é, tipicamente, seca e irregular e apresenta rugas e rídulas, bem como elasticidade reduzida, por isso, um dos gestos diários essenciais para manter a pele saudável é o uso de produtos hidratantes.
Estudos têm demonstrado que a aplicação tópica de um hidratante que contenha ácido hialurónico constitui um tratamento eficaz no combate à desidratação cutânea e, por conseguinte, na prevenção do envelhecimento da pele, o que está diretamente relacionado com a sua capacidade de retenção da água (GUILLAUMIE et al., 2006). Além disso, o ácido hialurónico apresenta um efeito antioxidante, aumentando a proteção da pele em relação à radiação UV e contribuindo para aumentar a capacidade de reparação dos tecidos.